Giulia Be jura que, quando comprou ingresso para o Rock in Rio 2017, nem pensava na possibilidade de, um dia, voltar ao festival com “passe de artista” – ela cantará no palco Sunset ao lado de Projota e Vitão, no sábado (5).
Mas um acaso mudou o rumo da carioca de 20 anos, que na época estava prestes a começar a faculdade de Direito.
“Uma amiga me ligou, dizendo que a menina que ia com ela para o festival tinha ficado doente. Ela estava com um passe extra para o backstage”, conta ao G1.
Nos bastidores dos shows, outro golpe de sorte. Giulia conseguiu conhecer o Maroon 5, sua banda preferida, que tocou duas vezes na última edição do Rock in Rio depois de Lady Gaga cancelar sua apresentação.
De frente para o guitarrista James Valentine, ela lembrou de comentar que cantava por hobby. “Ele perguntou o que eu cantava, e eu disse que tinha cantado uma música deles outro dia, ‘She will be loved’. Então ele começou a tocar e a gente cantou juntos.”
Vitão, Giulia Be e Projota; trio vai se apresentar em 5 de outubro no palco Sunset do Rock in Rio — Foto: Divulgação
“Depois, ele falou: ‘Nossa, você canta muito bem! Devia fazer isso da vida’. O Adam [Levine, vocalista] também saiu do camarim, veio falar com a gente”, lembra. “Minha banda preferida falando aquilo pra mim… fiquei com isso na cabeça”.
O episódio foi o impulso para Giulia mudar de profissão. “Nunca tinha considerado a música como carreira. Sabia que cantava e tocava piano direitinho, mas para mim não era suficiente”.
“Cresci numa geração ‘Hannah Montana [série de TV sobre uma colegial que esconde o fato de ser uma popstar]. Todas as minhas amigas queriam ser a Hannah. Quem era eu para falar que seria?”
O primeiro ato de Giulia foi um cover de “Deixe-me ir”, do coletivo de rap 1Kilo, postado no YouTube. O número de seguidores cresceu a cada novo vídeo até que ela acabou com gravadora e empresário.
Depois de muita insistência, conseguiu emplacar um trabalho autoral, a faixa em inglês “Too bad”, incluída na trilha sonora da novela “O sétimo guardião” (TV Globo).
Hoje, mais livre para gravar as próprias músicas, diz que seu trabalho é resultado da mistura de influências do eletrônico e do pop.
No mês passado, lançou “Menina solta”, a segunda com letra em português, uma história praieira “baseada fatos reais” sobre uma menina da Barra e um cara de Ipanema.
Fonte: G1